domingo, 8 de julho de 2007

Acordei hoje, depois de mais uma maratona de picos de humor, um pouco atordoado ainda com a sensação de que as pessoas preferem estar adormecidas, anestesiadas de qualquer forma de pensamento. O caminho a seguir pela maioria é de que tudo lhes caia no joelho pronto e inquestionável, para nao dar trabalho e sobrar tempo para ir à Alemanha importar o BMW de 2006 a preço de um de 2002. Ir a correr as marcas que um estarola qualquer deslumbrado acha que descobriu e diz que é o último grito.
A partir daí o fim de semana é palco dos mais ridículos combates selvagens digno de uma savana africana que faccilmente vemos no BBC vida selvagem, e lá vão felizes a correr jantar ao restaurante onde odeiam o que se serve, mas que é o spot a ser visto. Chegam com nariz colado ao tecto, começam por ser mal educados com os empregados para que as suas frustrações aliviem antes de se dirigirem nas suas viaturas para os bares onde "diz que é fashion" (uma expressão que me põe literalmente DOENTE, para não dizer pior).
Já nos bares depois de meio depósito cheio no restarantes estas criaturas adormecidas e entorpecidas continuam na sua saga a encharcar-se em álcool e a caminhar para os seres irritantes e conflituosos onde estragam as noite a qualquer um, onde a sua dose de intolerância ultrapassa a inconveniência.
Mas enfim, numa rotina de estupidificação vejo uma grande franja de uma geração apagar toda a capacidade e vontade de fazer algo, já não digo pelos outros, mas por si mesmos. Vejo toda uma mole humana sorver informação direccionada para a manter robotizada a trabalhar para todos esses objectivos deturpados e desistir de procurar o seu caminho, a sua forma de ser feliz, mesmo que faça com que aos olhos dos outros não seja comum ou vulgar.
Mas por muito que me pareça loucura minha, ou até eu próprio pareça louco a maioria sei que me sinto bem quando paro para pensar em mim. O caminho pode ser mais tortuoso, mas sem dúvida a intesidade dele faz-me sentir vivo.

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